quinta-feira, 25 de novembro de 2021

UMA DÉCADA DO PROEJA: SUA GÊNESE, BALANÇO E PERSPECTIVAS.

Palavras Chave: Proeja, Política, Política Pública, Educação de Jovens e Adultos, Institutos Federais, formação dos trabalhadores.

A DECADE OF PROEJA: ITS GENESIS, STOCKTAKING AD PERSPECTIVES

KEYWORDS:  Proeja, Public Policy, Federal Institutions, Youth and Adult Education, Workers professional Development.

OLIVEIRA, Edna Castro; SCOPEL, Edna Graça. Uma década do PROEJA: Sua gênese, balanço e perspectivas. HOLOS. {S.I}, v.6, out. 2016, p. 120-144. ISNN 1807-1600.

 

O presente artigo traz sobre o ponto de vista da Professora Edna Castro, uma análise do PROEJA, após uma década de sua implantação através do Decreto nº 5.154 de 2004. O referido artigo aponta para aspectos relevantes, desde o inicio do Proeja, bem como o balanço e as suas perspectivas do caminho percorrido até aqui. A autora usa de fontes fidedignas para explicitar suas teorias, baseando-se em teóricos renomados, entre eles: FREIRE, MÉSZÁROS e MARX.  Vale ressaltar que a professora Edna Castro para endossar ainda mais suas teorias, também se vale de critérios técnicos. Isso graças a sua vasta experiência na educação de jovens e adultos, que fica evidente através de sua fala no Vídeo: “Uma década do Decreto nº 5.154/2004 e do PROEJA balanço e perspectivas”, numa entrevista dada ao programa Educação em Pauta IFRN, publicado em 14 de setembro de 2015.   

Tanto o artigo como o vídeo trazem informações importantes no que diz respeito às politicas educacionais que integram a EJA com a educação profissional. Percebe-se claramente o engajamento da professora Edna Castro, que relata os pros e contras que o PROEJA encontrou ao longo de seus 10 anos de implantação.  É o que vemos através da seguinte fala:

     É então com o olhar atento a essas questões que nos interpelam, que abordamos o tema. Com base numa análise bibliográfica e documental exploramos as implicações do Decreto nº 5.154/2004 na formulação do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja), e as relações que ambos estabelecem com o contexto de sua promulgação, como integrantes das políticas da década de 1990, compreendidas em “sua complexidade e caracterizadas por elementos instáveis e contraditórios” (REZENDE; BAPTISTA, 2011, p. 174), bem como por suas ambiguidades e a aposta na proposição da integração da formação geral e técnica.

Sem muitos pormenores a autora é enfatica ao abordar o tema em questão, pois se baseia numa análise bibliográfica e documental. A proposta que o PROEJA trouxe para a EJA integrada a educação profissional, apesar de suas complexidades e ambiguidades, propiciou uma integração cada vez maior à formação técnica e geral.  Outro ponto que merece ser destacado, podemos vê na seguinte fala:   

   Ao abordar as implicações do Decreto nº 5.154/2004, e seus desencadeamentos, importa destacar que uma das marcas das políticas educacionais no governo de Luís Inácio Lula da Silva, seria a ênfase “na ampliação das oportunidades de acesso e permanência no sistema educacional, dos mais pobres, ignorados e postergados pelas políticas de privilégio e exclusão” (GENTLLI; OLIVEIRA, 2013, p. 253), construídas pelas elites.

Aqui não se trata apenas de expor um ponto de vista positivo sobre uma politica pública implantada em determinado governo, mas de esclarecer o que ainda precisa ser mudado na consolidação destas políticas. Este é um pensamento que ao longo do artigo a autora delineia. Assim sendo as reflexões expostas pela autora provocam no leitor, uma análise aprofundada do tema, que não diverge do conhecimento empírico do pesquisador.

Por fim concluímos com a seguinte fala da autora, que confirma o que foi dito acima:

     As reflexões trazidas, até aqui, nos remetem a outros fios de análises que explicitam a partir do campo discursivo, no que se refere ao direito à educação básica e à ideia de universalização, as razões pelas quais a efetivação das conquistas no campo dos direitos segue sendo postergada no Brasil, porque jamais priorizadas, ao passo em que se é “interrompido” o sonho de um projeto societário fundado na justiça social e na igualdade (FRIGOTTO, 2010). O que nos leva a considerar de acordo com Maceno (2005, p. 60) que a “universalização entendida como um processo de expansão e ampliação do acesso à educação formal é um processo real é inegável no sistema do capital”. No entanto, essa universalização apresenta seus limites uma vez que de forma contraditória o capital afirma e nega a identidade da universalização que defende, o que faz com que se inviabilize a “garantia do acesso igualitário de todos à educação” (MACENO, 2005, p. 113), reiterando assim a postergação de um projeto societário que afirme a igualdade substantiva e a justiça social.

Em todo o artigo e na entrevista a autora esclarece seu ponto de vista, e procura externar sua opinão de maneira nítida, não fugindo em nenhum momento do assunto abordado. Por isso, é que a meu vê recomendo a obra como fonte de pesquisa, pois trás conhecimento na área da educação.

Rodrigo Lima de Paulo Souza, acadêmico do Curso de Especialização em Práticas Assertivas da Educação Profissional Integrada à Educação de Jovens e Adultos – IFRN, Graduado em Licenciatura Plena em Pedagogia pela Universidade Estadual do Piauí, em 2013.

sexta-feira, 28 de maio de 2021

A NATUREZA DOS TEXTOS ACADÊMICOS


    Escrever bem a principio parece ser um dom, algo que nem todos têm. Mas vai, além disso, é uma prática constante que requer bastante exercício por parte de quem escreve. E quando se fala de textos científicos e acadêmicos não parece ser uma tarefa muito fácil. Exige acima de tudo conhecimento e domínio da linguagem.

       Vários fatores a priori são levados em consideração na hora da elaboração de um texto cientifico ou acadêmico: a clareza, a precisão, a comunicabilidade e a consistência. Pode-se assim dizer que essas características são primordiais para que um texto seja bem escrito e também compreendido por quem lê.  Conforme disse Cervo e Bervian(2002), tudo que for escrito deve ser perfeitamente compreensível pelo leitor, ou seja, este não deve ter nenhuma dificuldade para entender o texto. Em outras palavras, a meu ver não pode deixar dúvidas.  Mas tem outro detalhe bastante importante que também deve ser levado em consideração na produção de textos, principalmente os acadêmicos, a citação do discurso alheio, tornando o texto mais rico em informações, que o caso da citação direta, citação indireta e as citação de citação. Esses itens que dão certa credibilidade ao nosso discurso, enriquecendo assim o conteúdo apresentado, que são as referências, fontes retiradas de livros, revistas, artigos entre outros.  

      Concluindo muitos se confundem, mas há diferença entre índice, sumário e resumo. O índice é uma “lista de palavras ou frases, segundo um critério predefinido.” É um elemento opcional conforme ABNT NBR 6034. Sumário é uma “enumeração das divisões, e outras partes de uma publicação”, como exemplo um artigo cientifico. Resumo, como o próprio nome já diz tem como objetivo apresentar (sintetizar), com fidelidade, os fatos essenciais contidos num texto.

REFERÊNCIAS

APUD CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.


quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Brasil da ordem e do progresso

Somos o país que queremos ou queremos o país que somos?
A desigualdade em nosso país é gritante. E quando se fala em educação dar pra perceber que essa desigualdade é cada vez maior. Basta para isso olharmos nossa realidade. A pandemia do novo coronavírus veio confirmar de forma bem acentuada essa percepção. De um lado estudantes que tiveram acesso a todos os recursos necessários, inclusive internet de qualidade para participarem das aulas remotas e de outro estudantes que lhes faltou quase que totalmente o necessário, e isso foi um fator determinante para trazer a tona de forma bem explícita as desigualdades já existentes. Mas como um país em pleno desenvolvimento econômico não se preparou para enfrentar esse tipo de situação? Se na educação existem falhas, imaginem na saúde como um todo. Por isso indaguei no início deste post, "somos o país que queremos ou queremos o país que somos? Cabe uma reflexão. E não falo isso apenas como educador que sou, mas principalmente como cidadão. É preocupante como nossos governantes tratam a educação, porque apesar dos recursos existerem,eles são mal destribuídos, pois não chegam a todos de maneira igual. Políticas públicas são sobremaneira propostas para amenizar ou até mesmo sanar a médio e longo prazo as deficiências que ainda existem na área da educação.Cabe a nós cidadãos conscientes de nossos direitos cobrar para que de fato elas aconteçam. 

foto fonte: A educação no Brasil em processo de erosão - Helder Moura, disponível em www.heldermoura.com.br