Autor da pintura mais famosa do mundo, a “Mona Lisa”, Leonardo da Vinci é muito conhecido por seu legado artístico. Contudo, a ciência também teve uma grande influência na vida do italiano. Ele construiu máquinas, inventou teorias… Não à toa, é descrito como um polímata, ou seja, um indivíduo que estuda muitas ciências. Engenharia, botânica, anatomia, música e arquitetura são algumas das diversas áreas em que Da Vinci atuou durante a sua vida. E, em boa parte delas, lá estava a matemática.
“Que nenhum homem que não seja matemático leia os elementos de minha obra”, escreveu. Era na matemática que o cientista Leonardo buscava as constatações de tudo o que explorava. Para ele, não existia evidência na natureza à qual não se pudesse aplicar os conceitos da disciplina. Talvez por isso ele tenha deixado tantos trabalhos intrigantes envolvendo essa área de estudo. Separamos alguns deles a seguir.
A matemática do corpo humano
“Homem vitruviano” é um dos desenhos mais famosos deixados por Da Vinci. A figura, feita em tinta sobre papel, foi encontrada em um diário do italiano e estima-se que tenha sido feita em 1490. Para criá-la, ele se baseou em conceitos do arquiteto romano Vitrúvio, que relacionou medidas do corpo humano à arquitetura. Segundo Vitrúvio, a proporção ideal de uma figura humana deveria entrar em um círculo e em um quadrado. Mas o próprio arquiteto não conseguiu a façanha de encaixar as proporções do corpo humano dentro dessas formas com tanta perfeição como Leonardo da Vinci fez.
São diversas as constatações matemáticas que podem ser tiradas ao observar a obra. Entre elas, nota-se que a área total do círculo é exatamente igual à área total do quadrado. O desenho, portanto, que forma uma estrela de cinco pontas, pode ser considerado um algoritmo para calcular o valor do número de ouro.
A arte de Leonardo da Vinci e a matemática
Os quadros pintados pelo italiano também são repletos de conceitos matemáticos. Assim como no “Homem vitruviano”, destaca-se em boa parte dessas obras a proporção áurea. Considerada antigamente como “uma oferta de Deus ao mundo”, muitos artistas a aplicavam em suas pinturas em busca de harmonia.
Em “A última ceia”, observe como Jesus está no centro da figura e, de cada lado, temos exatamente o mesmo número de elementos (discípulos, janelas etc.). Essa aparente perfeição não é mera coincidência…
Da Vinci, inclusive, ilustrou o livro “A divina proporção”, escrito pelo seu amigo e matemático Luca Pacioli. A obra é um tratado da razão áurea aplicado à geometria, feita entre 1496 e 1498.
Máquinas e ferramentas
Inventor, Leonardo Da Vinci projetou diversas ferramentas e máquinas. Em uma reportagem do canal Unesp, o professor da universidade Sergio Nobre destaca a precisão de Da Vinci. “Imagine dentro de um relógio mecânico, por exemplo, onde uma engrenagem movimenta a outra, uma engrenagem pequena movimenta uma maior. Se tiver um pequeno erro na primeira volta da primeira engrenagem, o erro será grande na engrenagem grande. Isso não pode acontecer, por isso a necessidade da precisão.” Leonardo esboçou diversas engrenagens.
Equipamentos voadores
Leonardo da Vinci também projetou máquinas voadoras. Um conceito matemático fundamental utilizado aqui é a simetria: para voar, cada lado do objeto deve ter o mesmo peso. O italiano esboçou paraquedas, planadores e até um helicóptero, mas na época não saíram do papel. Em 2002, Robbie Whittall, que havia sido campeão mundial de paragliding, decidiu testar uma dessas invenções, mas não houve sucesso. As máquinas voadoras de Da Vinci influenciaram a tecnologia que seria desenvolvida anos depois que faria o homem voar.
Natureza
As proporções também eram observadas por Leonardo na natureza. E suas observações estavam corretas. “Se você imaginar o colapso de todos os galhos mais externos de uma árvore em um cilindro, tal cilindro seria do tamanho do tronco. De acordo com a regra formulada por Leonardo da Vinci, a área total de ramos é conservada à medida que você vai do tronco até os galhos do topo”, afirma Lisa Bentley, pesquisadora que fez parte de um estudo da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, que analisou cinco espécies de árvores e constatou as estimativas do italiano.
Um grande curioso
Em meio a tantos feitos, biógrafos de Leonardo da Vinci apontam que características como a criatividade e a curiosidade foram fundamentais para a atuação tão diversa do italiano. Esses aspectos são bastante trabalhados em Mentalidades Matemáticas, que também faz uso de obras de arte e muitos outros recursos para um ensino mais aberto, criativo e visual da matemática. Que tal utilizar uma obra de Leonardo da Vinci em sala de aula e motivar os alunos em uma atividade diferente? Inspire-se com esses exemplos!
fonte: https://mentalidadesmatematicas.org.br/leonardo-da-vinci-matematica/
As Lâmpadas de Edison
Algum tempo depois, talvez notando a lucratividade que o produto teria, uma empresa rival passou a fabricar um modelo de lâmpada bastante semelhante àquele que exigiu horas e mais horas de estudo e experimento por parte de Thomas Edison. Inconformado com a situação, o estudioso norte-americano abriu um processo judicial contra a empresa que tentou lucrar à custa de um trabalho alheio.