sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Educação em processo de transformação

      Ainda acredito na possibildade da educação ser um fator de transformação de vida nas sociedades, principalmente naquelas em que o analfabetismo e o desemprego são exorbitantes, onde os recursos disponíveis para a população mais carente estar longe de ser o ideal para se viver dignamente. No Brasil programas como o bolsa família dão um auxílio para famílias de baixa renda manterem seus filhos na escola, e esta é uma ação louvável que precisa ser copiada pelos demais países em processo de desenvolvimento. Não é preciso muito para se investir em educação, basta para isso força de vontade e decisão política de nossos governantes. Uma nação bem educada é sinal de que recursos estão sendo bem empregados, posso dizer isto com certeza por que sou um exemplo aqui no meu estado das ações desenvolvidas por orgãos públicos e privados na promoção de Cursinhos populares voltados exclusivamente para estudantes oriundos de escolas públicas, participei de um desses Cursinhos Populares de preparação para o vestibular, pouco tempo depois consegui lograr exito em um vestibular realizado pela universidade estadual do Piauí. Eis o porque da minha esperança na educação como instrumento de transformação para o indivíduo, pois só depende dele alcançar através da educação seus objetivos, mas é claro com a ajuda de outros fatores envolvidos nesta conquista.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Desafiando a vida

     No Filme: Voando no Limite, pode-se notar que o homem é um ser em constante evolução, e isto o difere dos demais seres.

     É o que acontece ao jovem piloto de apenas 33 anos, que ao receber o resultado de um exame médico descobre que tem um tumor na cabeça. Logo o médico lhe orienta a deixar de voar. Diante desta triste descoberta em sua vida, ele se coloca a desafiar seus limites, pois não quer aceitar que tem uma doença grave e precisa se tratar. Um jovem acostumado a vencer muitos desafios em sua carreira militar, continua no exercício de sua profissão de piloto, mas algo “estranho” começa a acontecer, pois as dores de cabeça são cada vez mais frequentes e intensas. Isto vai se refletindo na sua mudança de humor, provocando certo constrangimento em seus relacionamentos, tanto familiares como profissionais. É difícil para aquele jovem reconhecer a sua condição, de impotência de sua saúde fragilizada. É o que acontece também ao ser humano de modo geral, pois desde os primórdios colocou-se numa condição de supremacia, acreditando que poderia ser imortal, visto que se diferenciava das demais criaturas em intelecto e fisicamente.

    Com relação ainda ao filme, o jovem piloto não abdica em nenhum momento do prazer de voar, era mais do que simplesmente voar, seria superar seus próprios limites. Sua vida a qualquer momento poderia se dissipar, mas ele vai até as últimas consequências. Quantos de nós não medimos o tamanho das consequências em nossas vidas, e acabamos por sofremos depois. Foi exatamente por isso que “o homem” lançou a bomba atômica sobre Hiroshima e Nagasaki, provocando um total estrago humano, vitimando milhares de inocentes.

     O desfecho do filme é no seu último voo, quando ele realiza junto com seu irmão, companheiro de jornada uma manobra espetacular, contrariando todas as ordens superiores que haviam o proibido de voar. Até que ao sentir novamente forte dor de cabeça perde o controle da aeronave, caindo bruscamente. Ali no chão seu irmão vê seus últimos suspiros, era o fim de Carlos.

     Assim é também do ser humano: nasce, cresce, reproduz e morre. O fim da qual nenhum de nós poderá escapar, mas é mais ainda com a vida que devemos aprender. A começar por respeitar nossos limites, não esquecendo que do pó viemos e ao pó retornaremos. Outra lição deixada pelo filme é que devemos viver a vida como se fosse o último de nossa existência, de maneira intensa.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

LDB: Avanços ou Atrasos?

      Passados 14 anos desde a implantação da nova LDB, nota-se que muito se tem feito para que seus objetivos sejam realmente alcançados, ou seria o inverso a lei teria ficado só no papel, não apresentando resultados plausíveis. Ou seria radical demais da minha parte dizer que nada mudou na educação brasileira.

     É claro que muita coisa realmente de fato mudou. Poderíamos citar como um dos exemplos o artigo 3º que fala dos Princípios e Fins da educação nacional, no seu inciso VII, a valorização dos profissionais da educação escolar. Percebe-se e isto é fato o profissional de educação passou a ser mais valorizado, conseqüentemente mais exigido, principalmente em relação à sua ação docente, visto que o mercado de trabalho esteja em constante crescimento. E aquele profissional que não se qualifica fica para trás. Por outro lado muitos preferem ficar na mesmice, acomodam-se e não buscam aperfeiçoamento em seus métodos de ensino, prejudicando assim o bom êxito da educação escolar.

    Ainda no artigo 3º no inciso IX que se refere à garantia do padrão de qualidade, houve consideravelmente um grande avanço. De fato a qualidade do ensino público alcançou índices elevados, e um exemplo disso é quando se diz que o aluno de escola pública hoje em dia tem as mesmas chances do aluno de escola privada de chegar à universidade, houve uma melhoria em todos os sentidos, por sua vez o estudante de escola pública está mais preparado para enfrentar o vestibular. Isto se deve a políticas públicas tanto dos órgãos federais, estaduais e municipais que ofereceram a esses estudantes oriundos de escolas públicas a oportunidade de se prepararem em cursinhos populares. Quando se criou o PROUNI vale aqui ressaltar facilitou e muito a entrada dos estudantes mais carentes na universidade, apesar de este não um fator determinante de qualidade do ensino público, mas cito como positivo este programa inclusivo, algo que há 20 anos era praticamente impossível.

      Mas a LDB a meu ver não teve só avanços, pois muita coisa ainda não se realizou plenamente. No artigo 4º inciso III, quando se fala do atendimento preferencial aos educandos com necessidades especiais, pouco foi feito para atender as demandas existentes no ensino público. A começar por escolas que não estão preparadas para receber alunos com necessidades especiais, isto acontece por que as estruturas que lá existem não são adequadas, e os profissionais de educação também não estão preparados a contento. Em outras palavras falta profissional competente e qualificada para desempenhar com afinco esta tarefa: que é lidar com as diferenças. Mas a culpa é de quem? No meu ponto de vista do sistema de ensino que não se adéqua as reais necessidades do educando. Mas não são todas as escolas que estão nesta situação, há estabelecimentos de ensino que cumprem fielmente a lei, por que estão preparadas e equipadas para atenderem prontamente os educandos com necessidades especiais, primam pela qualidade de seus profissionais e obedecem rigorosamente as normas estabelecidas pelo ministério da educação.

    Portanto o que poderemos enquanto profissionais de educação esperar da LDB e seu futuro, uma lei que foi feita para atender o cidadão em seus aspectos cognitivos, psicológicos e sociais, pois esta é a sua função maior. Não podemos medir esforços na busca de soluções práticas e transformadoras da educação brasileira, para que de fato a LDB seja uma realidade possível e que atenda a todas às carências que pairam sobre o ensino público no Brasil.