sábado, 20 de fevereiro de 2010

“A volta de um personagem do século XVIII ao Brasil (ficção)

    Em pleno século XXI, o senhor Teixeira, um grande professor do século XVIII, voltou ao Brasil e, chegando a sua cidade, ficou abismado com o que viu: as casas eram altíssimas e cheias de janelas, as ruas eram pretas e passavam umas sobre as outras, com uma infinidade de máquinas andando em velocidade.

  O povo falava muitas palavras que o professor Teixeira não conhecia (Poluição, telefone, avião, metrô, televisão...). As roupas deixavam o professor Teixeira ruborizado. Tudo havia mudado.

   Muito surpreso e preocupado, o professor visitou a cidade inteira e, cada vez menos, compreendia o que estava acontecendo. Resolveu, então, visitar uma Igreja, mas que susto levou. O padre rezava a missa, não em latim, mas em português e de costas para o altar. O órgão estava parado e um grupo de cabeludos tocava nas guitarras uma música estranha, em vez de canto gregoriano.

   O desespero do professor aumentava...

   Tudo havia mudado completamente e o professor Teixeira desanimava cada vez mais, até que resolveu visitar uma escola. Foi uma ideia sensacional porque quando chegou, sentiu o que procurava: tudo continuava da mesma forma como ele havia deixado: as carteiras uma atrás da outra, o professor falando, falando... e os alunos escutando, escutando...”



segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Processo de Socialização do homem através da educação- Parte II


Quando nascemos, não nascemos sabendo das coisas. Vamos aprendendo ao longo do nosso processo de socialização. O homem por si só não adquire esse conhecimento, necessário para fazê-lo um ser social, mas adquire por meio de um processo social, tornando-o capaz de desenvolver suas capacidades físicas, intelectuais e morais. Este conhecimento adquirido é construído respeitando etapas, superando deficiências de ordem natural e cultural. Pois segue certos padrões, normas que o enriquecem acompanhado de uma linha lógica de pensamento. Ao longo desse processo o homem enquanto ser individual também, se depara com situações normalmente de caráter sociológico que o faz empregar esforço contínuo na compreensão dos valores existentes, e isto graças a sua hereditariedade.
A sociologia como ciência social que é, tem um duplo papel: aumentar o conhecimento que o homem tem de si e da sociedade e contribuir para a solução dos problemas que enfrenta. Já a educação como processo social global que ocorre em toda sociedade, abre horizontes para a compreensão da vida social em si. Ambas trilham um caminho de extrema importância para o desenvolvimento de todo contexto cultural. As duas coexistem para fazer frente aos anseios do homem, que busca constantemente o resgate de sua dignidade enquanto ser humano. É utopia pensar que todos os problemas sociais se resolvem pela educação, mas é certo que ela representa uma condição indispensável para resolvê-lo. À luz dos sistemas sociais, citando aqui como referência a sociologia da educação, com base em estudos da realidade social, permite que se compreenda o papel da educação na sociedade, e tendo isto como base que se façam reformas educacionais urgentes.
Não podemos acreditar que vamos educar nossos filhos do jeito que queremos. Há costumes pelos quais somos obrigados a nos conformar. Ideias e costumes que determinam o tipo de educação que recebemos quando crianças, não fomos nós que criamos isto, isto é fruto da vida em comum. A essa herança cultural que recebemos acrescentamos coisas novas. Em toda sociedade o sistema educativo se apresenta sob um duplo aspecto, ao mesmo tempo uno e múltiplo, homogêneo e diferenciado. O que acabamos de citar foi um exemplo de educação enquanto função homogênea. Sabendo que não há uma única forma nem um único modelo de educação, dizemos que esta é diferenciadora. Tomemos como outro exemplo a Grécia, onde a educação dos senhores não era a mesma dos escravos.
Portanto qualquer que seja a importância de um desses sistemas educativos, eles não constituem toda a educação, não se bastam a si próprios. Não há povo que não exista um numero certo de idéias, sentimentos e de práticas que a educação deve inculcar a todas as crianças, indistintamente, seja qual for à condição social do qual faça parte.

A sala de aula do futuro


Ela é, ao mesmo tempo, sala de aula, biblioteca, laboratório de ciências, sala de artes e laboratório de informática. Na sala de aula inteligente o professor tem a função de relacionar todas essas mídias através de um ensino multidisciplinar. O aluno torna-se autor de seu próprio aprendizado. Essa idéia já é usada em algumas instituições de ensino do país, no instituto tecnológico da aeronáutica (ITA), em um campus da Universidade de Santo Amaro, de São Paulo e no Projeto jovem cientista do instituto Unibanco. Seu mentor é o professor Cassiano Zeferino de Carvalho, especialista em novas mídias e tecnologias para a educação. O conteúdo das aulas segue a recomendação do MEC, mas a forma como são ministradas é totalmente inovadora, pois cada fenômeno a ser estudado é contextualizado, problematizado, investigado e modelado. Os alunos são ativos, participam das aulas com pesquisas e precisam filtrar as informações que encontram na internet, isso os tornam mais capazes de gerir suas vidas. As aulas não são expositivas, mas interativas. Um grupo de professores se mostra feliz com o novo método. Depois das aulas, muitos permanecem em sala, discutindo e aprimorando a didática.